Pular para o conteúdo principal

Ouça a 100.3 FM

Vasco e Inter, como estava escrito

Em São Januário, o Nacional de Manaus deu um susto no Vasco logo no começo do jogo ao fazer 1 a 0 no rebote da cobrança de pênalti, aos 6, com Danilo Rios.
Foi até bom, porque obrigou o Vasco a jogar e o Vasco jogou.
Saiu em busca do empate e Marlone, fazendo um partidaço, empatou aos 32, depois de o goleiro amazonense ter feito pelo menos duas defesas brilhantes e tomado uma bola no travessão, mandada por Marlone.
Antes ainda do empate, o Vasco teve um pênalti claro em Nei que o árbitro não marcou porque não quis.
Mesmo sem Juninho Pernambucano o Vasco mandava no jogo e até Cris, mais como atacante que como defensor, jogava bem.
Marlone, então, era um espetáculo à parte e Éder Luís começava a ser esquecido.
Garantido com 3 a 1 no placar agregado, restava saber se, no segundo tempo, o time carioca manteria a mesma atitude ou se guardaria para o fim de semana de Brasileirão, já que o Goiás, o adversário nas quartas de final é assunto só para outubro.
Mas o Vasco foi busca da vitória, embora, naturalmente, sem o mesmo ímpeto e mandou nova bola no travessão, desta vez com Nei em cobrança de falta.
O gol da vitória vascaína só saiu aos 43, com Dakson. Mas saiu.
Em Salgueiro, em Pernambuco, o Inter, poupando quase meio time, cumpria tabela contra o time local e logo aos 13 minutos de jogo, com Jorge Henrique, fez o 1 a 0 que punha o Colorado com a vantagem de 4 a 0 no placar agregado.
Duro mesmo era esperar o tempo passar para fazer a longa viagem de volta.
O Inter quase se limitava a tocar a bola para ver se o relógio andava mais rapidamente.
O Salgueiro, é claro, queria jogo, em busca de pelo menos um gol para contar mais tarde aos netos, mas, nas vezes em que teve a oportunidade, desperdiçou-a por absoluta falta de pontaria e tranquilidade.
O segundo tempo tinha tudo para dar sono e devido ao tardio horário do jogo até que não era má ideia.
De olho no rival em outubro, o Atlético Paranaense não tiraria conclusões valiosas na observação do comportamento gaúcho.
Aos 5 minutos o árbitro quis colaborar com a história do Salgueiro e inventou um pênalti que Elvis bateu muito mal e o goleiro Alisson defendeu muito bem.
Elvis não é um batedor de pênalti que se preze, mas, aos 12, bateu falta na cabeça de Raniery que empatou.
O Salgueiro saiu com tudo em busca da virada e perdeu o segundo gol à queima-roupa de Alisson.
Perdeu e tomou em seguida, de Alex, os 16.
Quem mandou cutucar o leão com vara curta?
Daí, para o Salgueiro se despedir dignamente, no finzinho, sem dar tempo de o leão voltar a reagir,
com Daniel, que empatou.
E assim terminou a fase de oitavas de final da Copa do Brasil.
O futebol carioca terá três representantes entre os oito classificados para as quartas de final da Copa do Brasil, o gaúcho seus dois grandes, e São Paulo, Paraná e Goiás um cada, com Minas de fora.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Tudo azul na campanha do Cruzeiro

Apenas uma tragédia futebolística tirará do Cruzeiro o título do Brasileirão 2013. Para que a meta não seja concretizada, o time mineiro teria de entrar em uma sequência negativa, algo pouco provável pela consistente campanha, baseada no futebol bem jogado pelos comandados de Marcelo Oliveira. Para ser ultrapassado pelo principal concorrente, o Grêmio, os cruzeirenses teriam de perder quatro jogos. Outro ponto improvável para quem foi derrotado apenas três vezes no torneio. Onze pontos separam o líder do segundo colocado. O Cruzeiro pode levantar a taça quatro ou cinco rodadas antes do encerramento do campeonato. O bom futebol coloca o time azul como virtual campeão nacional. A seriedade é o ponto alto da campanha vitoriosa. O jogo contra o Náutico é o exemplo clássico de que a Raposa não brinca em campo. Tudo está muito azul para o time que venceu 18 partidas, conquistou 59 pontos de 78 possíveis e tem 75% de aproveitamento.

Pouco futebol e tudo aberto na Copa do Brasil

Os Mosqueteiros corintianos e gremistas fizeram um começo de jogo, no Pacaembu (28.355 pagantes), pela Copa do Brasil, dispostos a matar ou morrer. Mataram o futebol que morreu num jogo de choques, trombadas, faltas sucessivas, num mata-mata suicida. Quando a bola começou a correr um pouco mais, quem assassinou as chances de gol foi o apitador, que impediu um gol de Guerrero num lance em que ele estava na mesma linha da zaga gaúcha. O primeiro tempo foi assim e para o segundo os paulistas voltaram com Ibson no lugar de Maldonado. A única boa notícia para os corintianos era a atuação acesa, como tempos não se via, de Emerson. O Grêmio, ao seu estilo, se defendia, mas era mais agudo quando atacava. Numa noite gelada na Paulicéia, Zé Roberto, Elano, Romarinho e Pato viravam sorvete no banco e a torcida, em menor número do que se esperava para o começo de uma decisão de quartas de final. Pato aqueceu e entrou no lugar de Guerrero, aos 15. O jogo tinha uma cara terrível d...

Hyuri salvador, Grêmio peleador e Lusa no elevador

Aos 16 minutos, no Maracanã ( 19.843 pagantes), Seedorf, em impedimento, driblou Cássio,aparentemente sofreu pênalti, ficou em pé porque não é brasileiro, e chutou para fazer 1 a 0, o que só não aconetceu porque Paulo André, na linha fatal, salvou. Até ali o jogo era muito amarrado, coisa que o lance desamarrou para, em seguida, o Botafogo ter mais duas chances claras de gol, com Gil salvando a pátria corintiana. Seedorf furou um voleio que seria um golaço que acabou bizarro. Com 25 minutos, o 0 a 0 era um milagre corintiano. Mas na altura do 30o. minuto, até o 32o., enfim, o time paulista ameaçou três vezes. O Botafogo se assustou. Em noite pouco feliz de Seedorf, Edenílson fazia grande apresentação no meio de campo corintiano. Danilo pouco fazia e Emerson seguia uma caricatura de si mesmo. Já o artilheiro Rafael Marques, como garção pela direita, serviu duas bolas que seus parceiros não aproveitaram. O segundo tempo já começou a mil por hora, lá e cá, com chances...