Mais uma vez o gramado do Maracanã foi palco de um bom jogo de futebol.
Pena que sem Seedorf de um lado e sem Diego Tardelli do outro.
Agora entre Botafogo e Galo.
Que fizeram um primeiro tempo curioso, porque com o alvinegro mineiro melhor e mais perigoso até fazer belo gol com Marcos Rocha, aos 20 minutos, em jogada brilhantemente começada por Luan e complementada não menos brilhantemente por Ronaldinho para dar o passe final.
Pareceu cedo demais porque soou como senha para o Botafogo tomar conta do jogo, mesmo ameaçado pelos contra-ataques que tinham Fernandinho em noite inspirada.
Mas não com a inspiração de Lodeiro que, aos 29, pegou um lindo chute de fora da área, colocado no cantinho de Victor, impossível de ser defendido.
Jogado em alta velocidade em sua primeira metade, porque o gramado permite, era difícil imaginar um segundo tempo no mesmo ritmo.
Pois nem bem começou a etapa final e Lodeiro cruzou da esquerda para Leonardo Silva desviar contra o próprio gol: 2 a 1, aos 3.
Lodeiro brilhava, mas faltava brilhar a estrela de Rafael Marques.
Aos 10, da entrada da área, não faltou mais.
Ele chutou seco e certeiro para ampliar e construir um placar confortável diante do campeão da Libertadores, mesmo sem o maestro Seedorf, prova de que a preocupação com a velha falta de reposição do Glorioso é mesmo coisa do passado.
O jogo não parava, lá e cá, e Vitinho ainda dava show particular pelo lado esquerdo do ataque botafoguense.
Cuca trocou Josué por Guilherme, aos 19, porque, é claro, um gol mineiro mudaria tudo.
Quem agredia era o Galo, quem tinha espaço era o Botafogo, mais perto do quarto gol que de levar o segundo.
Aos 28 foi a vez de Neto Berola substituir Fernandinho.
O Galo queria porque queria mais um gol e Alecsandro entrou no lugar de Jô, em noite apagada, perante 20 mil torcedores, 16 mil pagantes.
Só aos 37 Oswaldo Oliveira mexeu pela primeira vez, retirando Alex para por Henrique.
E deu certo.
Porque o atacante ajudou a defesa do Galo a fazer uma lambança na saída de bola com Pierre, Leonardo Silva e Réver, surpreendidos, bateram cabeça e Vitinho, outra vez de fora da área, não perdoou, eficaz como só ele: 4 a 1.
Aí ele pediu para sair e foi ovacionado. Lucas Zen entrou.
A festa só não foi maior porque Ronaldinho Galucho fez um lançamento espetacular para Guilherme diminuir a catástrofe: 4 a 2, aos 44, como tem sido habitual na vida do Botafogo.
Que jogo, senhoras e senhores!
A classificação no Independência já deixou de ser fava contada.
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