Os clássicos cariocas, em regra, mesmo os disputados no Engenhão, e não é de hoje, são abertos, vibrantes, plenos de reviravoltas.
O de hoje, de volta ao Maracanã, com 24.979 pagantes, entre Vasco e Botafogo, não foi diferente.
Disputado lá e cá, delicioso de se ver, e cruel.
Cruel porque em seguida a um gol de André — anulado por ele estar milimetricamente impedido, daqueles que se o bandeirinha não assinala está previamente absolvido –, Rafael Marques, aos 23, milimetricamente em posição legal, mesmo sem pegar como queria na bola, abriu o placar.
O Vasco sentiu, o Botafogo foi com sede para cima e Seedorf fez 2 a 0 de cavadinha, aos 30, depois de o time ter criado outras boas oportunidades.
Impossível não cair, e o Vasco caiu.
Deu para imaginar uma goleada e Rafael Marques, numa recaída, perdeu gol fácil para liquidar o clássico.
Mas quem tem Juninho tem muito e numa desconcertante jogada dele, no finzinho do primeiro tempo, André recebeu para diminuir.
Mais rico em individualidades, o Glorioso recomeçou o jogo para liquidá-lo, mas foi surpreendido por uma falha de Gabriel que Éder Luis aproveitou para chutar na trave e dar rebote para André empatar, logo aos 2 minutos.
A festa cruzmaltina não durou 60 segundos.
Porque Rafael Marques recebeu uma bola na esquerda, deu um lindo drible em Nei que despencou espetacularmente e viu o artilheiro do Glorioso enfiar a bola no ângulo, num golaço de confirmar lideranças.
Daí em diante o Botafogo sempre esteve mais perto do quarto gol que o Vasco do empate.
O Vasco que perdera Guiñazu machucado aos 31 minutos de jogo, trocado por Wendel, trocou também o apagado Éder Luis por Robinho, aos 9 do segundo, assim como pôs Fagner, aos 20, no lugar de Sandro Silva.
Em seguida, Juninho sentiu dor na panturrilha, pediu para ser trocado, mas o Vasco não podia mais e ele ficou em campo, para ver Vitinho dar lugar a Elias, aos 25, na primeira substituição do Botafogo.
Aos 30, Jefferson saiu mal e o Vasco desperdiçou o empate, numa bola que passou por dois atacantes na pequena área.
O Botafogo diminuiu seu ritmo, trocou Júlio César por Lima e o Vasco aumentou o dele, em busca do empate.
Aos 47, André Baia entrou no lugar de Lodeiro, só para ganhar tempo e fechar atrás, para garantir nova vitória que confirma o Fogão na liderança.
No Barradão, com7.690 pagantes, o Vitória tomou susto, saiu atrás da Lusa, mas virou, para 2 a 1, com gols de Tarracha, aos 25, e de Fabrício, batendo falta que desviou em Luis Ricardo, que o São Paulo desejavam, na barreira, aos 40, quatro minutos depois de Escudero mandar por cima uma bola sem ter goleiro na frente.
O gol luso foi de Cañete, emprestado pelo São Paulo, já no segundo tempo, depois que, no primeiro, a Portuguesa criou chances para fazer, pelo menos, três gols.
O Vitória, que quase levou o empate nos acréscimos, segura o sexto lugar, um ponto atrás do Inter, no G4, e do Bahia, um ponto adiante do Corinthians. E segue invicto em casa, quatro vitórias, dois empates.
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