Teve golaço (o da vitória, de Renato Augusto), teve frangaço (o de Cássio, no gol de Aloisio) e muitas faltas nessa vitória corintiana sobre o São Paulo, por 2 a 1,no Morumbi. E se não foi o belo jogo que se esperava, a rivalidade esteve em campo e o tabu também: o São Paulo não sabe o que é vencer o Corinthians no Morumbi desde 2007, há 11 jogos, com 5 vitórias e 6 empates.
É muito tempo, pois não? Bem, com esse resultado, já que gol fora de casa não vale como critério de desempate na Recopa sul-americana, o Corinthians precisa apenas de um empate no dia 17, no Pacaembu, para ficar com o título. E a não ser que as coisas mudem no São Paulo, pelo que se viu nesta primeira partida da decisão, parece pouco provável que o quadro seja revertido. Afinal, o tricolor joga com três atacantes- o que o fez melhorar o rendimento no segundo tempo- ou com dois meias, Ganso (mais uma vez apagado) e Jadson? Qual é o seu esquema tático?
O Corinthians mantém aquele padrão habitual- dois meias, dois atacantes- e deve ter ficado satisfeito com o rendimento de Guilherme na posição de Paulinho(cabeceou uma bola na trave, marcou bem) além de ter recuperado o prestígio deRenato Augusto por obra de caso: ele só entrou em campo em função das contusões de Danilo e Douglas e fez um belíssimo gol, chutando quase da entrada da área para encobrir o adiantado Rogério Ceni. Antes, Guerrero tinha marcado o primeiro gol corintiano e Aloísio fez metade do gol de empate, ficando a outra metade para o goleiro Cássio que espalmou a bola para suas próprias redes.
Quem não está em situação confortável é o técnico do São Paulo, Ney Franco, que já vinha sendo contestado e que, após a derrota, ouviu de novo a torcida gritar o nome de outro treinador: “É Muricy, é Muricy!”.
Sei lá o que pode acontecer.
A DERROTA DO GALO
Ficou difícil a situação do Atlético Mineiro. Ao perder para o Newell’s Old Boys, na Argentina, por 2 a 0 (gols de Max Rodriguez e Scocco), será eliminado se vencer no Independência por apenas 1 a 0, irá para os pênaltis (mais uma vez?) se ganhar por dois a zero e terá de fazer quatro gols se levar um golzinho sequer dos argentinos.
Vi boa parte do primeiro tempo e notei que foi muito superior a posse bola do Newell’s, enquanto o Atlético Mineiro estava muito recuado- preocupado talvez com a ausência de sua zaga titular, Leonardo Silva e Rever- cometendo ainda o pecado de desperdiçar uma chance de outro, através de Bernard, que tentou fintar o goleiro e desperdiçou a oportunidade.
Depois, pelos melhores momentos exibidos pela tevê, no segundo tempo foram dos argentinos as melhores chances, embora imagem congelada apontasse erro da arbitragem ao anular o gol de Jô, que estava em posição legal.
Bem, agora é pensar na revanche, no jogo de volta. E parece óbvio que não será fácil.
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