A Copa das Confederações de Luiz Felipe Scolari acaba nesta quarta-feira. Se vencer o Uruguai em Belo Horizonte, Felipão é campeão. Chegar à final da competição disputada em casa já pode ser considerada uma tremenda vitória para o treinador. Mesmo que perca no domingo para a Espanha, a etapa do trabalho estaria cumprida.
Para entender o raciocínio é preciso rebobinar o filme e voltar dois meses. Felipão tinha uma ideia de time, mas o time era um deserto de ideias. O Brasil não ganhava de ninguém. Talvez o jogo simbólico da era Felipão tenha sido o Brasil e Chile em um Mineirão lotado. A Seleção Brasileira foi colocada na roda pelo… Chile!
O empate em 2 x 2 contra os chilenos deixou claro que o Brasil estava em uma espécie de terceiro escalão do futebol ao lado de Rússia, França e… Chiles da vida. A campanha na Copa das Confederações elevou o Brasil de patamar. O time ficou mais firme, mais marcador. Consegue, de vez em quando, pressionar a saída de bola adversária. Com a equipe mais ajeitada, Neymar passou a render mais (ou seria o contrário? Com Neymar rendendo o Brasil se ajeita?).
O Brasil subiu um degrau. Dá a impressão de estar no segundo escalão ao lado de Holanda, Inglaterra, Itália e, quem sabe Argentina. Não chegou ao nível de Espanha e Alemanha, não se vai ao topo de elevador, no futebol a subida é sempre de escadas. Nesse aspecto, Felipão pode se dar por satisfeito por chegar a final jogando direitinho e sem dar susto aos torcedores. Se vencer o Uruguai está bom demais. O que vier depois é bônus.
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