De uma única vez, a seleção brasileira quebrou dois tabus hoje contra os franceses: venceu uma seleção campeã do mundo depois de quase quatro anos, e voltou a vencer a França depois de 21 anos. Mais importante, entretanto, é o efeito psicológico desta vitória; triunfo pra resgatar a confiança perdida com os insucessos recentes – em seis jogos no ano, o Brasil havia vencido apenas a Bolívia. O feito merece comemoração, porém não deve trazer ilusões.
O primeiro tempo da seleção brasileira contra a França não foi bom. Embora o time de Felipão tenha ficado mais tempo com a bola, os franceses eram mais objetivos e chegavam com maior rapidez ao ataque. A qualidade técnica dos azuis – celestes desta vez – era superior à brasileira.
No segundo tempo, o Brasil apresentou um pouco mais de coragem, avançou com mais veemência, e abriu o placar com Oscar, depois de uma roubada de bola de Luis Gustavo, logo no começo da etapa. E sem encantar, chegou ao segundo com Hernanes e ao terceiro com Lucas cobrando pênalti sofrido por Marcelo.
O resultado soa empolgante, mas a performance apresentada em campo ainda não dá margens pra empolgação. A seleção carece de criatividade – muito dependente de Oscar – e de maior compactação quando sem a posse de bola. Individualmente não há muito mais o que destacar. Neymar, o ídolo maior, segue devendo. Está longe do brilho de um jogador aspirante ao posto de melhor do mundo.
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