Não me lembro de uma exibição de Neymar tão perfeita c om a camisa da Seleção Brasileira quanto essa na vitória diante do México, por 2 a 0: autor de um belo gol logo aos 9 minutos, de canhota e de primeira depois da rebatida do zagueiro mexicano, guardou a melhor parte do show para o final da partida quando, cercado por dois zagueiros, deu uma “caneta” (bola entre as pernas de um dos marcadores) e, com magia, livrou-se dos dois: depois com a serenidade dos craques ofereceu a Jô as honras do segundo gol.
Enfim, a síntese do atacante em tarde de perfeição: dono do poderoso arremate que estufou as redes e endiabrado no seu drible inesperado e letal para os mexicanos, na jogada que consumou a vitória do Brasil.
No resto, não foi um jogo fácil. Até que o começo foi bom, mas durante 20 ou 25 minutos o México equilibrou a partida e deu até a impressão de que seria o adversário fatalista dos últimos tempos. Foi só impressão. Já classificado, o Brasil precisa agora só de um empate pra ser o primeiro do grupo. O que já é uma grande vantagem, pois com quase certeza fugiria da Espanha, a provável primeira colocada do outro grupo.
Aliás, Brasil e Espanha é o jogo que deve liderar as apostas para ser a final da Copa das Confederações.
A VIRADA DA ITÁLIA
Em meia hora de jogo, o Japão deixou no ar e nas redes a sensação de que aplicaria goleada histórica na Itália. Os japoneses pareciam voar, envolvendo cansados italianos quando abriram 2 a 0 no placar, com os gols de Honda (pênalti) e Kagawa. A Azurra dava sinais de que estaria inapelavelmente batida.
Só que a Seleção Italiana não estava morta e tinha Pirlo, o veterano que resolve:ele cobrou um escanteio pra De Rossi marcar o primeiro gol e incendiou a garra italiana para virar o jogo, logo no começo do segundo tempo, com os gols de Yushida(contra) e Balotelli, cobrando um pênalti para lá de duvidoso. O Japão ainda foi para cima, empatou com um gol de cabeça de Okasaki e só não marcou outra vez porque a sorte estava do lado do goleiro Buffon e da Itália- houve um lance que, de maneira inacreditável, a bola carimbou a trave, depois o travessão da Itália e, caprichosa, não entrou.
E aí coube a Azurra fazer o quarto gol (Giovinco) e vencer uma partida empolgante.
Não sei se os italianos terão fôlego para enfrentar o Brasil, no sábado. Mas deve dar bom jogo.
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