Camisa é camisa, Riquelme é Riquelme e Carlos Bianchi invencível em mata-mata contra times brasileiros. E foi assim, mesmo com uma equipe considerada como uma das piores de sua História, que o Boca empatou com o Corinthians no Pacaembu lotado (gols de Riquelme e Paulinho), resultando no adeus corintiano à Libertadores e ao sonho do bicampeonato.
Quanto à polêmica, embora em lances difíceis, aconteceram dois pênaltis a favor do Corinthians - o primeiro de Marin, dando um tapa na bola; o segundo, em um empurrão em Émerson, além dos dois gols corintianos mal anulados: o de Romarinho, que o tira-teima provou estar legal e o gol de Paulinho onde, ao fundo, um jogador do Boca daria condição a ele.
Este último me deixou em dúvida.
Logo, a arbitragem prejudicou o Corinthians. E muito.
Quanto ao drama, se deve mais ao primeiro tempo corintiano, sem forças para furar a retranca dos argentinos. E ainda mais com Riquelme fazendo um gol estranho, mas que só um craque como ele bateria daquele jeito na bola, quase na lateral pelo lado direito do ataque, que encobriu o grandalhão Cássio. O bicampeonato da Libertadores estava escapando pelas mãos do Corinthians.
No segundo tempo, o time melhorou com Edenilson e Pato nos lugares de Alessandro e Romarinho, fazendo o seu gol na cabeçada de Paulinho, depois de um centro da direita de Émerson "Sheik". Só que Pato perdeu um gol feito, depois de driblar o goleiro Orion e, embora o Boca perdesse Riquelme no meio da segunda etapa, não houve mais força suficiente para o Corinthians marcar os gols que precisava para não ser eliminado.
O Boca está classificado e enfrentará um outro argentino, o Newell's Old Boys, já pelas quartas de final.
E a fidelidade? Bem, esta ficou por conta da torcida do Corinthians que, mesmo com o sonho do biampeonato perdido, gritou e cantou nas arquibancadas como se o time tivesse vencido. É lógico que com fidelidade reforçada pelos títulos da Libertadores e do Mundial de clubes, conquistados no ano passado.
Fiéis torcedores, sim. E com motivos de sobra.
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