Mais um capítulo da triste noite vivida pelos clubes brasileiros na Libertadores. Em três jogos, duas derrotas e um inesperado um empate.
1- Em minha opinião, o gol do Tijuana que derrotou o Corinthians, por 1 a 0, foi irregular. Revendo várias vezes a jogada, tive a certeza de que Aguilar, ao cabecear a bola para desviar de Cássio, estava em posição de impedimento. E a sensação de que até o próprio Gandolfi, o autor do gol, de letra-depois de a bola bater na mão de Fábio Santos, também estava em condição irregular.
O gol foi ilegal.
Sei que é mais difícil para a arbitragem, que não teve o
tempo que tive para esmiuçar a jogada. Mas o gol foi ilegal.
Por outro lado, a arbitragem acertou ao anular dois gols de
Paulinho. Ele estava mesmo impedido.
Arbitragem à parte, o
Tijuana foi mais eficiente do que o Corinthians, talvez por conhecer melhor
os segredos da grama sintética. Reconheço que a adaptação a essa grama não é
tão simples, mas também é verdade que o Corinthians não fez a marcação da
maneira compacta que o consagrou na Libertadores do ano passado.
E assim se foi uma invencibilidade de 16 jogos nessa
competição. O que não vai complicar a classificação corintiana, mas que sempre
dá um gostinho amargo.
2- No último segundo, o Palmeiras perdeu para o Tigre, na Argentina: o gol de Peñalba, depois de uma falta batida pela esquerda e uma cabeçada que o apanhou livre, aconteceu aos 49 minutos do segundo tempo. Pouco antes, Kleber fintou um zagueiro entrou na área, mas ao invés de chutar direto, com simplicidade e fazer o gol, tentou dar um corte em outro zagueiro. E perdeu a bola. A bola e o gol.
Foi um jogo equilibrado, em que, especialmente no segundo
tempo, o Palmeiras esteve mais próximo do gol. Mas faltou um artilheiro. E o
futebol é implacável: mesmo não sendo superior, quem fez o gol foi o Tigre e
venceu. Em minha opinião, apesar de suas limitações, o Palmeiras merecia um
resultado melhor.
Além de tudo, faltou um pouco mais de sorte.
O time foi incompetente por isso perdeu dois pontos e deixou
de derrotar o Huachipato no Engenhão.
Foram inúmeras chances criadas no primeiro tempo e o
Fluminense só teve a capacidade de faz um gol e mesmo assim de pênalti, marcado
por Fred.
Só Thiago Neves desperdiçou duas chances claras de gol. O
time chileno não assustou, o Fluminense teve muito apetite, mas uma incrível
falta de pontaria.
1 a 0 magro era sinal de drama no segundo tempo. Não deu
outra.
O Flumiense não conseguiu manter o ritmo e Huachipato, já sem
os 3 zagueiros de origem, equilibrou o jogo e ganhou o meio de campo. Mesmo
assim, as melhores oportunidades ainda eram do tricolor. Wellington Nem e
Thiago Neves voltaram a errar na conclusão.
O Huachipato arriscava pouco e na bola parada empatou a
partida. Arrué fez linda jogada no rebote e Nuñez empatou. Castigo merecido.
A partir daí o Fluminense esqueceu a tática e partiu para o
desespero.
Fred ainda obrigou o goleiro Veloso a fazer um linda defesa.
Abel ainda colocou inutilmente Rhayner e Samuel em campo.
O Fluminense frustra seus torcedores e os jogadores deixaram
o campo sob vaias e gritos de ‘time sem vergonha’.
Mais um capítulo da triste noite vivida pelos clubes
brasileiros na Libertadores. Em três jogos, duas derrotas e um inesperado um
empate.
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