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A escada do Sucesso - O ressurgimento de um Gigante.


No dia 16 de Dezembro de 2012 em Yokohama no Japão, o Corinthiano não comemorou "só" o título de Campeão Mundial Interclubes pela segunda vez, mas sim o "final", de um ciclo, uma escada de conquistas que marcaram o período que podemos chamar de - O Ressurgimento de um Gigante - . De Dezembro de 2007 á Dezembro de 2012, o Corinthians saiu da segunda divisão para conquistar o mundo, feito super incomum em qualquer clube do mundo, num espaço tão curto de tempo. O segredo do sucesso? Trabalho sério, humildade e persistência. Persistência porque o período também teve seus revés, aquela hora que tudo parece perdido por uma derrota ou eliminação. Vamos fazer juntos uma retrô por esses 5 anos do Ressurgimento do Gigante? Então vamos lá:

2007 - Após a queda vexatória para a série B, a nova direção assume o clube, com visão de planejamento e estrutura.

2008 - No Paulistão, o time de Felipe, Dentinho, Herrera e CIA, não chega nas semi-finais, e passa a impressão de que seria mais uma temporada ruim. Mas o time chegou a decisão da Copa do Brasil, e por bobeira pura perdeu para o Sport, o título que seria a alavanca da temporada, o mais expressivo. No fim do ano a consumação do mais esperado, a volta a série A. Com o título incontestável, e média de público superior a todas as séries do Brasileiro.

2009 - O tíme repatria Ronaldo, o fenômeno. Fortalece o seu elenco e conquista de maneira invicta o seu vigésimo sexto estadual, claro, com o brilho do fenômeno, que já era considerado um ex-jogador por alguns críticos. Em Julho, o Tri da Copa do Brasil em cima do favorito Internacional. O time estava de volta a Libertadores. 

2010 - O ano do centenário! A campanha no Paulista não foi nada parecida com a de 2009, e o time nem avançou ás semi-finais. Era o começo de um ano amargo. Na Libertadores, a grande expectativa terminou logo nas oitavas-de-finais, em pleno Pacaembu, diante do Flamengo, e pior: Com vitória. Pra completar o centenário amargo, um título brasileiro que escorreu pelos dedos nas rodadas finais, e aida o final com uma terceira colocação frustrante para a FIEL. 

2011 - O ano começa bem, o timão chega a final do Paulista contra o badalado Santos de Neymar e CIA. Mas veio a decepção, o vice-estadual para o então melhor time do Brasil. Na Pré-Libertadores, o vexame do século. Queda diante do inexpressivo Tolima da Colômbia. Foi aí que o Corinthians estava no chão, estava na pior situação possível. Tite era cotado pra cair assim como balão é cotado a subir. O elenco se desmanchava, tudo era trevas. Mas quem diria hein? Tite foi mantido contra a maioria da vontade da diretoria, foi salvo por Andrés Sánchez. E levou o time sem estrelas, porém reforçado, unido e bem armado, ao Penta Campeonato Brasileiro. 

2012 - O melhor ano da história do Corinthians. O começo não foi motivador, queda ainda nas quartas do Paulista, diante da Ponte Preta, com pacaembu lotado. A Libertadores, desta vez era do timão. Não porque o time tinha um gênio só que resolvia tudo, ou um técnico experiente na competição, como alguns achavam que seria a solução para a conquista. Mas sim porque teve um time de guerreiros, um bando de loucos que entraram em campo a cada jogo, como se fosse a grande decisão. As falhas foram as mínimas possíveis, e os acertos dignos de um time esforçado e competente. No caminho, teve de tirar o atual campeão da américa, e melhor do país, Santos. E na decisão, o bicho-papão Boca Junyors. Mas tirou! E de um jeito categórico, honrado. Campeão, e invicto ainda por cima. O sonho da FIEL era concretizado, depois de 42 anos. 

O Mundial Interclubes era impossível para os críticos. - Ganhou do Boca, já foi o milagre do ano, se pegar o Chelsea vai passar vergonha. -  O Corinthians não tem força para enfrentar o gigante europeu. É impossível. - A "gambazada" vai voltar pra casa mais cedo do que pensa. E mais uma vez, todos foram contrariados. Duas vitórias por 1-0 bastaram. Paolo Guerrero? Sim, foi ele, sem badalação, sem estrelismo, que furou o bloqueio dos Egípcios e do poderoso Chelsea, do melhor goleiro do mundo na temporada, Piter Cech. Camepão Mundial, aliás Bi. 

E foi "fechado" o ciclo do Ressurgimento do Gigante. E ainda nem citei o crescimento Financeiro e de Marketing do clube, a Estrutura que foi criada, se tornando exemplo para todos. A escada de títulos foi feita, coincidentemente ou não, na ordem expressiva das conquistas. Série B, Paulistão, Copa do Brasil, Brasileirão, Libertadores e Mundial. Pode começar um novo ciclo Corinthians, estamos famintos novamente! Parabéns Todo Poderoso, o Bando de Loucos é a felicidade em pessoa, o orgulho nos olhos, o sorriso e motivação de verdadeiros campeões. Quem não desiste, chega lá. Saudações Alvinegras!

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