Já classificado para a próxima fase nas Olimpíadas, Mano Menezes aproveitou o último jogo para fazer mudanças no time. Poupou alguns jogadores, testou outros e ganhou opções que podem ser importantes para a reta final da competição.
Gabriel, Alex Sandro, Danilo, Lucas e Leandro Damião ganharam uma oportunidade no time. Boa parte deles aproveitou. No 4-2-3-1 de sempre, o Brasil controlou o jogo desde o início sem sustos. Fez 3 a 0, soube a hora certa de pisar no freio para evitar o duro jogo de contato dos neo zelandezes.
Gabriel pouco foi testado, tamanho o domínio brasileiro. Mas mostrou segurança e que pode ser alternativa viável em caso de problemas com Neto.
Danilo foi o segundo volante no 4-2-3-1 e mostrou qualidade. Mais uma vez, saiu-se melhor no meio do que na lateral. Marcou um gol, qualificou a saída de bola e conseguiu ocupar bem os espaços. Pode virar alternativa se Mano precisar de uma saída melhor ao ataque já que Sandro e Rômulo vão bem mas costumam ficar mais presos.
Alex Sandro era o que melhor aproveitava a chance, até a página 2. Escalado na meia esquerda, onde jogava no início da carreira, mostrou desenvoltura e bom trabalho coletivo com Marcelo. Deu o passe para o gol de Leandro Damião e fazia ótima partida, abrindo espaço na equipe. Porém, levou dois cartões idiotas e acabou expulso no meio do segundo tempo. No segundo, um mergulho na grande área bem punido pela arbitragem. Perdeu ótima chance. E mostrou mais uma vez que os brasileiros precisam aprender a jogarem de pé.
Lucas foi o mais discreto. Mesmo contra um adversário mais fraco, não soube se mostrar para o jogo. Ficou muito preso do lado direito e acabou prejudicado pela presença de dois laterais esquerdos e Neymar, que buscavam sempre o jogo pelo lado oposto. Não parece em condições de assumir papel de protagonismo no time e fica cada vez mais apagado pelas boas atuações de Hulk.
Leandro Damião, antigo titular, mostrou bom futebol mais uma vez. Fez um gol e deu assistência para Danilo. Bom trabalho no pivô e aproveitamento na única bola que teve em condições de finalizar. Continua sendo alternativa, mas um cochilo de Pato e deve retornar aos 11 de Mano.
O Brasil classifica com sobras e parece pronto para o ouro. É o principal candidato, pelas peças, pela campanha e pela segurança de seu jogo. Principalmente depois da decepcionante participação da Espanha. Se mantiver a cabeça no lugar e seguir trabalhando o grupo de forma coesa, Mano tem tudo para fechar bem o trabalho e ganhar tranquilidade para pensar na Copa do Mundo.
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