Pular para o conteúdo principal

Ouça a 100.3 FM

A agitada dança dos técnicos.

Nas últimas horas, o futebol brasileiro foi sacudido pela onda que já se tornou tradicional e corriqueira nos bastidores da bola. Mas não menos inquietante: a dança dos técnicos, pois que, de uma só vez, três treinadores perderam o emprego- Dorival Júnior, no Inter, Falcão, no Bahia, e o menos badalado, Argel, no Figueirense.

E isso na décima rodada do Campeonato Brasileiro.

O que causa estranheza é que Dorival, em onze meses de Inter, já ganhara dois títulos importantes, como a Recopa Sul- Americana, derrotando o argentino Independiente, e o Estadual Gaúcho. Convenhamos, no entanto, que sei lá as razões, o Inter jamais exibiu um futebol à altura de suas caras contratações. E especialmente na Libertadores.

O caso de Paulo Roberto Falcão, extraordinário jogador no passado, se não é igual ao de Dorival, pelo menos faz lembrar. Campeão baiano, chegou a ser chamado de “Rei de Salvador”, numa alusão ao apelido que tinha na Itália quando era idolatrado pelos torcedores e chamado de “Rei de Roma”. Tantas honrarias, porém, não resistiram à pífia campanha doBahia no Campeonato Brasileiro.

Menos badalado e com menos tempo para mostrar serviço, o Figueirenseo ex-zagueiro Argel, também foi colocado para escanteio ao perder para o lanterna da competição, o Atlético Goianiense, embora a derrota tenha sido em campo inimigo e por placar apertado- 3 a 2.

A dança promete ficar mais agitada nas próximas rodadas, pois injustamente ou não, de tão equilibrado o Campeonato Brasileiro não abre espaço para a devida paciência dos cartolas e dos torcedores.

Queiram ou não, é assim mesmo.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Tudo azul na campanha do Cruzeiro

Apenas uma tragédia futebolística tirará do Cruzeiro o título do Brasileirão 2013. Para que a meta não seja concretizada, o time mineiro teria de entrar em uma sequência negativa, algo pouco provável pela consistente campanha, baseada no futebol bem jogado pelos comandados de Marcelo Oliveira. Para ser ultrapassado pelo principal concorrente, o Grêmio, os cruzeirenses teriam de perder quatro jogos. Outro ponto improvável para quem foi derrotado apenas três vezes no torneio. Onze pontos separam o líder do segundo colocado. O Cruzeiro pode levantar a taça quatro ou cinco rodadas antes do encerramento do campeonato. O bom futebol coloca o time azul como virtual campeão nacional. A seriedade é o ponto alto da campanha vitoriosa. O jogo contra o Náutico é o exemplo clássico de que a Raposa não brinca em campo. Tudo está muito azul para o time que venceu 18 partidas, conquistou 59 pontos de 78 possíveis e tem 75% de aproveitamento.

Pouco futebol e tudo aberto na Copa do Brasil

Os Mosqueteiros corintianos e gremistas fizeram um começo de jogo, no Pacaembu (28.355 pagantes), pela Copa do Brasil, dispostos a matar ou morrer. Mataram o futebol que morreu num jogo de choques, trombadas, faltas sucessivas, num mata-mata suicida. Quando a bola começou a correr um pouco mais, quem assassinou as chances de gol foi o apitador, que impediu um gol de Guerrero num lance em que ele estava na mesma linha da zaga gaúcha. O primeiro tempo foi assim e para o segundo os paulistas voltaram com Ibson no lugar de Maldonado. A única boa notícia para os corintianos era a atuação acesa, como tempos não se via, de Emerson. O Grêmio, ao seu estilo, se defendia, mas era mais agudo quando atacava. Numa noite gelada na Paulicéia, Zé Roberto, Elano, Romarinho e Pato viravam sorvete no banco e a torcida, em menor número do que se esperava para o começo de uma decisão de quartas de final. Pato aqueceu e entrou no lugar de Guerrero, aos 15. O jogo tinha uma cara terrível d...

Hyuri salvador, Grêmio peleador e Lusa no elevador

Aos 16 minutos, no Maracanã ( 19.843 pagantes), Seedorf, em impedimento, driblou Cássio,aparentemente sofreu pênalti, ficou em pé porque não é brasileiro, e chutou para fazer 1 a 0, o que só não aconetceu porque Paulo André, na linha fatal, salvou. Até ali o jogo era muito amarrado, coisa que o lance desamarrou para, em seguida, o Botafogo ter mais duas chances claras de gol, com Gil salvando a pátria corintiana. Seedorf furou um voleio que seria um golaço que acabou bizarro. Com 25 minutos, o 0 a 0 era um milagre corintiano. Mas na altura do 30o. minuto, até o 32o., enfim, o time paulista ameaçou três vezes. O Botafogo se assustou. Em noite pouco feliz de Seedorf, Edenílson fazia grande apresentação no meio de campo corintiano. Danilo pouco fazia e Emerson seguia uma caricatura de si mesmo. Já o artilheiro Rafael Marques, como garção pela direita, serviu duas bolas que seus parceiros não aproveitaram. O segundo tempo já começou a mil por hora, lá e cá, com chances...