Os 180 minutos contra o Santos serviram para comprovar o que só não era óbvio para quem não queria enxergar: o Corinthians tem o melhor time do país. Frio, organizado, tático e técnico. Trabalho muito acima da média de Tite, que vai fazendo história. Melhor em quase todo o confronto semifinal, nada mais justo para este time que chegar à final da Libertadores para coroar campanha impecável.
No primeiro tempo, os comandados de Tite fugiram um pouco de sua característica tradicional. Embora o treinador pedisse para o time se adiantar, a marcação corinthiana era na intermediária dando ao Santos um falso domínio. Mais uma vez, a equipe de Muricy Ramalho dependeu única e exclusivamente de Neymar e exagerou nas bolas para a área. Tinha a bola mas não ameaçava.
Contra o consistente Corinthians, só há uma maneira de achar espaços: vitória pessoal. Foi assim quando Neymar saiu para o lado direito para vencer a marcação de Fábio Santos e iniciar a jogada que terminou com ele empurrando para as redes após desvio de Borges e bola na trave. Vitória parcial e igualdade no confronto ao fim da etapa inicial.
Veio a segunda etapa e o Corinthians evitou o sofrimento. Bola alçada e Danilo, monstruoso na Libertadores, empatou o jogo e deixou o time novamente em vantagem. Daí em diante, o Corinthians voltou ao seu estilo. Marcou adiantado, controlou a bola e o jogo. Não permitiu ao Santos assustar o gol de Cássio uma vez sequer. Partida que escancarou a falta de planejamento de um Peixe sem opções no banco e de um técnico sem ideias mais uma vez.
Frio e quase perfeito taticamente, o Corinthians tem tudo para conquistar o título inédito. Está pronto. Mas deve ter pela frente o seu "clone" argentino. O Boca Júniors, caso confirme a vantagem diante da Universidade do Chile, será o rival mais difícil para o time de Tite. É frio e tático como os paulistas, mas tem mais camisa e experiência na competição.
A Libertadores ainda promete. Assim como este Corinthians, disposto a fazer história.
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