Em 2007 creditei Mano Menezes como melhor técnico da temporada. O técnico gaúcho levou o Grêmio à final da Libertadores, batendo São Paulo e Santos com um time mais limitado tecnicamente. Não é fácil ser vice da América com Saja, Patrício, Teco, Lúcio, Gavillan, Sandro Goiano, Tcheco, Tuta… mesmo sendo mata-mata.
Diego Souza e Carlos Eduardo eram os melhores do time.
Quando chegou no Corinthians, continuei apostando. Depois de perder a final da Copa do Brasil para o Sport, o clube fez o correto e, contrariando a torcida, manteve o técnico. Mano ganhou o Paulista, a Copa do Brasil e chegou na Seleção com méritos.
Mas, técnico de Seleção não tem absolutamente nada a ver com técnico de clube.
Mano é mais um que comprova a tese.
Depois de um ano, o Brasil não tem um time. Mano está perdidão.
Primeiro jogou para a galera, quis deixar claro a ruptura com Dunga. Não convocava jogadores da África. Foi um fiasco. Voltou atrás, começou a chamar jogadores de 2010. Normal, seria uma burrice não aproveitar o bom trabalho feito pelo Dunga.
Depois vieram as convocações de jogadores ligados ao Carlos Leite, seu empresário. Alguns foram chamados, vendidos, e nunca mais voltaram. Pegou mal.
Este ano Mano promete uma base. Vamos aguardar. Vejo muita gente nesta lista que eu não imaginei vestindo a camisa da Seleção. Seria base para a Olimpíada? Sinceramente futebol nos Jogos Olímpicos não tem a menor importância. Entendo que a pressão será enorme, mas a prioridade é Copa 2014.
Futebol de garotada é diferente de gente grande.
No amistoso contra a Bósnia, a Seleção mostrou que não tem um time. Aliás, o jogo serviu para provar que “posse de bola” é uma estatística que sózinha é irrelevante. Está na moda, graças ao Barcelona, mas não diz muita coisa.
A “posse de bola” para ser importante depende de vários fatores.
O Brasil teve quase 70% de posse bola e não criou absolutamente nada. Outro dia, comentei São Paulo x Bragantino. O Tricolor chegou a ter 71% de posse de bola, não deu um chute no gol e tomou 2×0. O Bragantino sempre esteve mais próximo de marcar.
Li outro dia uma matéria dizendo que Muricy estava se espelhando no Barcelona e valorizando “posse de bola”. Fala sério. Campeonato Paulista? O Santos sempre teve e sempre terá mais posse de bola contra a babaiada do estadual. Ontem, hoje e sempre.
Antigamente não tinhamos esta estatística, mas com certeza sempre foi mais de 60%. Quando o Santos, ou qualquer outra equipe, tiver mais posse de bola contra o Inter no Beira-Rio, Grêmio no Olímpico, Flamengo no Rio de Janeiro, Vasco em São Januário, aí sim será um número relevante. É o que faz o Barcelona contra todas as grandes equipes.
Uma coisa é a Espanha ter 70% de posse de bola contra Argentina, Holanda, Brasil, Alemanha, Uruguai… Outra é ter mais posse de bola contra a Bósnia. Isso não diz nada.
E o árbitro? Nossa, horroroso. Estamos mal acostumados no Brasil. Foi Bizarro.
E a Bósnia definitivamente não tem futebol. O time é fraquinho, fraquinho…
Concordo com o Capita: “O que a gente vê é um Ronaldinho convocado para ser capitão da seleção. Eu que já fui capitão me sinto desprestigiado”. Ronaldinho capitão é piada
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