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A qualidade individual e as preocupações do time de Muricy

O Santos não estava bem na partida. A única chance veio numa pixotada do zagueirão Kondo. Neymar mandou na trave. Enquanto o Peixe olhava, o Kashiwa ficava com a bola. Aos 19, Neymar resolveu na individualidade. Golaço. Aos 23, Borges mandou no ângulo. Em cinco minutos o time brasileiro resolveu a partida. O nervosismo da estréia deu um tempo, o time brasileiro respirou aliviado e o time japonês caiu na real.
Neymar tem feito a diferença.
Números são fundamentais no esporte, mas é preciso saber analisá-los. “Posse de bola” virou moda. Cuidado. Este número não significa quem está melhor, mas sim como as equipes estão jogando, quem está atacando e quem está contra-atacando. Nem sempre quem fica mais com a bola está mais perto de abrir o placar. Pelo contrário, o time pode estar mais exposto. Não adianta ficar com a bola e não finalizar. Futebol não é bobinho.
Número de finalizações e defesas dos goleiros mostram com mais exatidão a ofensividade e possivelmente o domínio na partida. Posse de bola não. No primeiro tempo Rafael não foi exigido, nem Sugeno. O Santos finalizou 3, marcou 2. Não foi bem ofensivamente, mas teve belo aproveitamento. O talento individual fez a diferença.
O japonês aprendeu fundamento, passa, corre, toca, lança, sabe se posicionar, só falta aprender a jogar futebol de gente grande. Saber driblar e fazer gol é fundamental. Como dissemos no último jogo os melhores são os brasileiros. Mas, Jorge Wagner não resolve ofensivamente e Leandro Domingues tem cara de Série B. Nelsinho Baptista fez milagre, equilibrou o jogo com elenco muito inferior ao mau humorado Muricy. Vale lembrar que o Kashiwa jogou em “casa”, vinha embalado, confiante, apesar de fazer 3 jogos em 8 dias.
Se Neymar jogasse no Kashiwa, o resultado poderia ser outro.
No segundo tempo o Kashiwa saiu para o ataque como índio em filme de faroeste. Não havia outra opção. O Santos teve mais espaço, melhorou, mas acabou sofrendo um gol na bola parada. Aos 9, Jorge Wagner bateu escanteio, Sakai marcou. A ilusão durou pouco. Aos 18, Danilo bateu falta com perfeição e fechou o placar: 3×1.
No “Esporte em Discussão” apostei 3×0. Não imaginei tomar gol de japonês, e de cabeça.
Na última meia hora os japoneses cresceram, mandaram bola na trave, perderam dois gols incríveis e até mereciam um placar melhor, mas para isso acontecet é preciso ter mais qualidade técnica e saber colocar a bola na rede.
Amanhã é a vez do Barcelona enfrentar um franco-atirador do poderoso Qatar.

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