O cenário não é dos mais animadores. O futebol brasileiro passou por 2011 coberto de desconfiança. A começar pela Seleção Brasileira, liderada por Mano Menezes. Amistosos inexpressivos, uma Copa América pífia e um amontoado de jogadores escalados sem qualquer progresso técnico e tático. Não ter que participar das eliminatórias é uma enorme desvantagem para essa seleção. Falta um conjunto homogêneo e testes de verdade que possam sinalizar a equipe que deve entrar em campo na tão esperada Copa do Mundo no país.
O Campeonato Brasileiro mostrou outra preocupação. Sim, o modelo de pontos corridos é um sucesso e tivemos a edição mais competitiva dos últimos tempos. Porém, a principal competição foi nivelada por baixo. Poucos jogos brilhantes e distância mínima entre os clubes. A poucas rodadas do fim, o campeão Corinthians perdia para o lanterna. Os times que disputavam a vaga para a Libertadores perdiam pontos importantes para o Z4. Criou-se a ilusão de que o “repatriamento” de jogadores como Ronaldinho Gaúcho, Valdívia, Luis Fabiano, Adriano traria brilho ao Brasileirão. Não demorou muito tempo para se perceber que os ditos craques eram agora apenas bons jogadores.
O Santos protagonizou o maior momento do futebol brasileiro nesse ano, com a conquista da Libertadores. Só que o título trouxe também a crença de que seria possível fazer frente aos grandes europeus e, mais especificamente, ao Barcelona. O resultado final todos viram no domingo: uma aula de futebol do clube espanhol. Neymar, Ganso, Borges, Elano e Muricy representaram a mesma dificuldade que um jogo contra o Zaragoza. Ou seja, nenhuma.
E o ano termina com a sensação de que enfim podemos abandonar a ideia de que o futebol brasileiro é o melhor do mundo. Não é mais. Se a Copa de 2014 começasse amanhã, seria uma fantasia eleger o Brasil como favorito. Há quem recorra ao peso da camisa para sustentar a patriotada, o que caiu por terra nas Copas de 2006 e 2010, quando nem figuramos entre os semifinalistas.
Precisa nos reinventar. Deixar o pandeiro de lado por algum tempo e entender que só a nossa história já não é mais suficiente para meter medo nos adversários. E mais: contratos milionários com televisão e patrocinadores não são sinônimo de bom futebol, apenas de cofres cheios para poucos. E “coroando” todo esse declínio temos a CBF, envolta em sucessivas denúncias de corrupção e buscando em craques do passado o escudo contra a falta de credibilidade que se perpetua entre os torcedores.
Está na hora de sepultar a fantasia que nos cerca. O futebol brasileiro é hoje apenas um garoto com a bola nos pés a driblar rivais invisíveis.
O Campeonato Brasileiro mostrou outra preocupação. Sim, o modelo de pontos corridos é um sucesso e tivemos a edição mais competitiva dos últimos tempos. Porém, a principal competição foi nivelada por baixo. Poucos jogos brilhantes e distância mínima entre os clubes. A poucas rodadas do fim, o campeão Corinthians perdia para o lanterna. Os times que disputavam a vaga para a Libertadores perdiam pontos importantes para o Z4. Criou-se a ilusão de que o “repatriamento” de jogadores como Ronaldinho Gaúcho, Valdívia, Luis Fabiano, Adriano traria brilho ao Brasileirão. Não demorou muito tempo para se perceber que os ditos craques eram agora apenas bons jogadores.
O Santos protagonizou o maior momento do futebol brasileiro nesse ano, com a conquista da Libertadores. Só que o título trouxe também a crença de que seria possível fazer frente aos grandes europeus e, mais especificamente, ao Barcelona. O resultado final todos viram no domingo: uma aula de futebol do clube espanhol. Neymar, Ganso, Borges, Elano e Muricy representaram a mesma dificuldade que um jogo contra o Zaragoza. Ou seja, nenhuma.
E o ano termina com a sensação de que enfim podemos abandonar a ideia de que o futebol brasileiro é o melhor do mundo. Não é mais. Se a Copa de 2014 começasse amanhã, seria uma fantasia eleger o Brasil como favorito. Há quem recorra ao peso da camisa para sustentar a patriotada, o que caiu por terra nas Copas de 2006 e 2010, quando nem figuramos entre os semifinalistas.
Precisa nos reinventar. Deixar o pandeiro de lado por algum tempo e entender que só a nossa história já não é mais suficiente para meter medo nos adversários. E mais: contratos milionários com televisão e patrocinadores não são sinônimo de bom futebol, apenas de cofres cheios para poucos. E “coroando” todo esse declínio temos a CBF, envolta em sucessivas denúncias de corrupção e buscando em craques do passado o escudo contra a falta de credibilidade que se perpetua entre os torcedores.
Está na hora de sepultar a fantasia que nos cerca. O futebol brasileiro é hoje apenas um garoto com a bola nos pés a driblar rivais invisíveis.
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