Para acabar com uma seca de vitórias e uma crise, nada melhor do que receber o lanterna do campeonato, não?
Pode ter sido bom, mas não foi nada fácil para o Flamengo encarar o América no Engenhão (6.886 pagantes).
O Rubro-Negro até começou buscando o gol, mas, sem Ronaldinho Gaúcho, não levava perigo à meta de Neneca.
Nos contra-ataques o time mineiro chegava perto e poderia ter aberto o placar no lance inacreditável em que Kempes driblou Felipe e chutou para fora com o gol aberto, como Fernando Torres, do Chelsea, contra o Manchester United.
Para a sorte de Kempes, ele pôde se redimir marcando o gol do Coelho aos 29 minutos, cobrando pênalti sofrido por Luciano e cometido por Bottinelli. 1 a 0.
O goleiro Felipe quase entregou o segundo gol no lance seguinte, mas se recuperou e ainda fez uma belíssima defesa em cobrança de falta de Amaral.
O Fla voltou dos vestiários com três alterações. Bottinelli, que perdeu um gol tão improvável quando o lançamento de Jael, deu lugar a Thomas. Jael e Maldonado também saíram para as entradas de Deivid e Diego Maurício.
As mudanças não acrescentaram qualidade, mas o Flamengo começou pressionando e chegou ao empate aos 17 minutos. Bela jogada de Léo Moura que foi à linha de fundo e cruzou para Deivid, livre, completar de cabeça. 1 a 1.
O jogo seguiu com o roteiro do Flamengo ter mais posse de bola, pressionando e errando muito contra o América que se defendia e só tentava alguma coisa em contra-ataques e agradecia a brilhante atuação do goleiro Neneca.
Era o goleiro do América quem segurava o empate até os 43 minutos do segundo tempo, quando no bate e rebate com Neneca o Flamengo conseguiu a virada com Thiago Neves de cabeça. 2 a 1.
Depois de 10 rodadas, o Flamengo volta a vencer e, por alguns minutos, conseguia recuperar a quinta colocação na tabela, mas teve que se contentar apenas com o fim do jejum.
No truncado primeiro tempo na Arena da Baixada (11.010 pagantes), o tricolor carioca, com uma escalação mais conservadora sem Lanzini ou Deco, controlava o jogo, mas foi do Atlético Paranaese a chance de sair na frente.
Em um pênalti pra lá de duvidoso de Edinho em Wagner Diniz, Cléber Santana chutou forte no meio do gol. Diego Cavalieri não saiu e defendeu.
Antes do fim da primeira etapa o Flu perdeu Gum, contundido. Márcio Rosário entrou em seu lugar.
E o Furacão balançou as redes e só não comemorou porque o lance foi totalmente irregular, com gente impedida e toque de mão. Bem anulado.
Na volta do intervalo Abel sinalizou que Souza entraria no lugar de Mariano, que estava passando mal no vestiário e nem tinha voltado para campo. Mas, no último instante, o lateral voltou e a substituição foi abortada.
O jogo era corrido, mas era o Flu quem passava a maior parte do tempo no ataque. O Atlético não conseguia ameaçar e já começava a ouvir vaias de sua torcida.
Mas tem aquelas coisa do futebol e, aos 17, o Furacão saiu no contra-ataque, chegou a perder a bola e Cléber Santana tocou para Paulo Baier dentro da área virar e chutar cruzado. A bola bateu no pé da trave e entrou. 1 a 0.
Abel Braga prontamente colocou Lanzini e Martinuccio, tirando Rafael Sóbis e Diogo.
O Atlético chegou a chutar uma bola para fora do estádio para segurar o placar e o jogo ganhou ares de drama com a expulsão do zagueiro Rafael Santos que, com os pés dentro da área, colocou a mão na bola. Mas nem com replay deu para saber se foi pênalti ou falta, como o árbitro marcou.
A pressão tricolor continuava e o Furacão só se defendia e utilizava-se de todos os artifícios para parar o jogo e deixar o tempo correr.
E de tanto fazer cera o Atlético nem pode reclamar dos cinco minutos de acréscimos dado pela arbitragem. E no tempo extra Manoel chegou em Lanzini na área e o pênalti foi marcado. Fred cobrou aos 47 e deixou tudo igual. 1 a 1.
Empate que vale a manutenção da quinta posição para o Flu e de nada adianta para o Furacão, que segue na 18ª posição
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