Pular para o conteúdo principal

Ouça a 100.3 FM

Corinthians decepciona e perde do Figueirense por 2 a 0 no Pacaembu

O Corinthians desperdiçou grande chance neste sábado, 20, de conquistar o título simbólico do primeiro turno do Campeonato Brasileiro. Mesmo jogando no Pacaembu, a equipe teve atuação decepcionante e foi derrotada pelo Figueirense por 2 a 0, em confronto válido pela 18.ª rodada.
Com o resultado, o Corinthians permaneceu na liderança com 37 pontos, mas pode ver o Flamengo chegar aos mesmos 37 no domingo, quando enfrenta o Internacional em Porto Alegre. O Figueirense, por sua vez, chegou aos 26 e assumiu a oitava posição.
O Corinthians fez um primeiro tempo fraco no Pacaembu. Embora mantivesse mais a posse de bola, pouco ameaçava o gol de Wilson. Também deixava muitos espaços para o contra-ataque e, assim, o Figueirense chegou ao primeiro gol com Wellington Nem. A entrada de Emerson e, sobretudo, de Willian na etapa final deu mais poder ofensivo ao time paulista. Mas a equipe falhou nas conclusões e ainda levou o segundo nos acréscimos, marcado por Wilson Pittoni.
Como era esperado para o jogo deste sábado, Tite manteve Welder na lateral esquerda e Danilo, Alex, Jorge Henrique e Liedson como quarteto ofensivo, deixando Emerson no banco - o atacante foi decisivo na vitória de virada sobre o Atlético Mineiro, na quarta-feira. O técnico Jorginho, por sua vez, surpreendeu ao sacar o atacante Somália e escalar o meia Wellington Nem, armando o Figueirense no 4-5-1.
E, mesmo com apenas um atacante, o Figueirense começou melhor e quase abriu o placar aos três minutos, após Fernandes receber passe do atacante Júlio César dentro da área e bater prensado com o goleiro corintiano. O próprio meia ficou com o rebote e cruzou para a área, mas a zaga afastou o perigo.
Aos poucos, o Corinthians foi dominando o meio-de-campo. E criou sua primeira chance aos 13, após João Paulo fazer falta em Alex na entrada da área. Em sua primeira partida contra o ex-time, Chicão bateu colocado e acertou o travessão.
O lance perigoso empurrou ainda mais o Corinthians ao ataque. Faltava, no entanto, participação mais efetiva de Danilo e Alex. A equipe mantinha a posse de bola no campo adversário sem conseguir criar reais chances de gol. Apostava sem sucesso em cruzamentos e em chutes de fora da área.
Acuado, o Figueirense aguardava os contra-ataques. E, em um descuido da defesa corintiana, abriu o placar aos 34. Júlio César recebeu passe na ponta esquerda, avançou até a linha de fundo e cruzou rasteiro para Wellington Nem, sozinho, tocar para as redes. O gol não mudou a dinâmica do jogo, e o Corinthians foi para o intervalo sem ameaçar o adversário.
Repetindo o que havia feito na vitória sobre o Atlético Mineiro, Tite sacou Welder no intervalo, deslocou Jorge Henrique para a lateral esquerda e colocou Emerson no ataque. Mas foi na mesma tônica do primeiro tempo que o Corinthians quase chegou ao gol de empate aos cinco minutos: Alex cobrou falta da intermediária e a bola saiu raspando a trave.
A mudança feita por Tite não teve o mesmo efeito de quarta-feira. A equipe seguia sem criatividade, apostando em cruzamentos da intermediária. Willian, então, entrou no lugar de Danilo. E o Corinthians finalmente melhorou. Em sua primeira jogada, aos 17 minutos, o atacante driblou um zagueiro e acertou a trave. Pouco depois, Emerson entrou sozinho pela esquerda e bateu fraco, mascado, para fora. Alex também quase marcou em nova cobrança de falta aos 21.
Mas, apesar da pressão, o Figueirense recuou seus 11 jogadores para o campo de defesa e se segurava como podia. O Corinthians também diminuiu o ritmo nos minutos finais e voltou a apostar nos cruzamentos, que pouco assustavam o goleiro Wilson. E, já nos acréscimos, Wilson Pittoni aproveitou rebote de chute de Júlio César e decretou a surpreendente derrota do Corinthians.
Na última rodada do primeiro turno, as duas equipes disputarão um clássico. O Corinthians enfrenta o Palmeiras em Presidente Prudente, no domingo, mesmo dia em que o Figueirense recebe o Avaí no Orlando Scarpelli.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Tudo azul na campanha do Cruzeiro

Apenas uma tragédia futebolística tirará do Cruzeiro o título do Brasileirão 2013. Para que a meta não seja concretizada, o time mineiro teria de entrar em uma sequência negativa, algo pouco provável pela consistente campanha, baseada no futebol bem jogado pelos comandados de Marcelo Oliveira. Para ser ultrapassado pelo principal concorrente, o Grêmio, os cruzeirenses teriam de perder quatro jogos. Outro ponto improvável para quem foi derrotado apenas três vezes no torneio. Onze pontos separam o líder do segundo colocado. O Cruzeiro pode levantar a taça quatro ou cinco rodadas antes do encerramento do campeonato. O bom futebol coloca o time azul como virtual campeão nacional. A seriedade é o ponto alto da campanha vitoriosa. O jogo contra o Náutico é o exemplo clássico de que a Raposa não brinca em campo. Tudo está muito azul para o time que venceu 18 partidas, conquistou 59 pontos de 78 possíveis e tem 75% de aproveitamento.

Pouco futebol e tudo aberto na Copa do Brasil

Os Mosqueteiros corintianos e gremistas fizeram um começo de jogo, no Pacaembu (28.355 pagantes), pela Copa do Brasil, dispostos a matar ou morrer. Mataram o futebol que morreu num jogo de choques, trombadas, faltas sucessivas, num mata-mata suicida. Quando a bola começou a correr um pouco mais, quem assassinou as chances de gol foi o apitador, que impediu um gol de Guerrero num lance em que ele estava na mesma linha da zaga gaúcha. O primeiro tempo foi assim e para o segundo os paulistas voltaram com Ibson no lugar de Maldonado. A única boa notícia para os corintianos era a atuação acesa, como tempos não se via, de Emerson. O Grêmio, ao seu estilo, se defendia, mas era mais agudo quando atacava. Numa noite gelada na Paulicéia, Zé Roberto, Elano, Romarinho e Pato viravam sorvete no banco e a torcida, em menor número do que se esperava para o começo de uma decisão de quartas de final. Pato aqueceu e entrou no lugar de Guerrero, aos 15. O jogo tinha uma cara terrível d...

Hyuri salvador, Grêmio peleador e Lusa no elevador

Aos 16 minutos, no Maracanã ( 19.843 pagantes), Seedorf, em impedimento, driblou Cássio,aparentemente sofreu pênalti, ficou em pé porque não é brasileiro, e chutou para fazer 1 a 0, o que só não aconetceu porque Paulo André, na linha fatal, salvou. Até ali o jogo era muito amarrado, coisa que o lance desamarrou para, em seguida, o Botafogo ter mais duas chances claras de gol, com Gil salvando a pátria corintiana. Seedorf furou um voleio que seria um golaço que acabou bizarro. Com 25 minutos, o 0 a 0 era um milagre corintiano. Mas na altura do 30o. minuto, até o 32o., enfim, o time paulista ameaçou três vezes. O Botafogo se assustou. Em noite pouco feliz de Seedorf, Edenílson fazia grande apresentação no meio de campo corintiano. Danilo pouco fazia e Emerson seguia uma caricatura de si mesmo. Já o artilheiro Rafael Marques, como garção pela direita, serviu duas bolas que seus parceiros não aproveitaram. O segundo tempo já começou a mil por hora, lá e cá, com chances...